Essa semana está acontecendo o evento ProXXima 2015 e uma das palestrantes foi Ana Paulo Blanco, diretora global de comunicação da América Latina do Uber. O tema foi “Uber: Táxi e inovação já, por favor!” e tratou sobre disrupção e inovação como agentes de mudança na sociedade. O aplicativo, que surgiu em 2009 e já ganhou o mundo, gera muitas polêmicas em torno da mobilidade urbana, profissão dos taxistas e segurança.
Para quem não conhece, o Uber é um app que oferece serviços de motoristas autônomos as pessoas comuns. Já é utilizado em 300 cidade e 56 países, dentre eles o Brasil nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte. “Queremos tornar cidades mais acessíveis e oferecer novas maneiras de se locomover e, ao mesmo tempo, criar milhares de novas oportunidades econômicas para os motoristas em toda parte.”, afirmou Ana Paula.
Aparentemente, a ideia é incrível, mas tem ocasionado problemas em alguns países como Brasil, Alemanha e Espanha. Recentemente, o Sindicato dos Motoristas nas Empresas de Táxis no Estado de São Paulo moveu um processo contra a empresa, alegando que o serviço ameaça a atividade profissional dos taxistas. Os responsáveis pelo app estão em contato com o Governo para mostrar os benefícios que a plataforma pode resultar. Por exemplo, em Boston, conseguiram uma parceria com prefeitura e fornecem dados sobres os viajantes que auxilia no aprimoramento do transporte público.
Na atual situação dos grandes centros urbanos, pessoas e governos buscam alternativas pra desafogar as vias e diminuir a emissão de gases poluentes na atmosfera. Incentivo ao transporte público, dia mundial sem carro e ciclovias são algumas das ações já existentes, mas o Uber também pode fazer parte dessa lista. “Para nós, ser disruptivo significa ser mais uma opção de mobilidade para a população, de ser uma solução para o trânsito nas cidades e na geração de oportunidades de empregos. (…) Nossa atuação tem um importante impacto em diversos setores e impacta de forma positiva as cidades.”, ressalta a diretora tratando da economia compartilhada.
Com relação a segurança de passageiros e motoristas, o Uber garante que há mais camadas de segurança para tranquilizar o usuário: o motorista não tem acesso ao número de telefone do passageiro e vice-versa; o passageiro pode compartilhar o trajeto com uma terceira pessoa durante todo o tempo de viagem; não é necessário dinheiro para o pagamento, pode ser usar o cartão de crédito que foi cadastrado na plataforma; há uma avaliação final onde um dá pontos ao outro e esses resultados (se forem baixos) na impossibilidade de futuros usos.
Cada inovação que surge se depara com obstáculos, seja de viabilidade ou de aceitação dos usuários, mas o Uber tem mostrado seu lado mais positivo e colaborativo com a mobilidade. A tecnologia deve ser vista como aliada nesses novos tempos e auxiliar de suma importância nas alternativas urbanas.
Fonte: www.proxxima.com.br
Sobre o autor:
Tito Santos é Co-Founder e CEO da Agência Azul. Desde 2008, quando fundou a Azul, vem ajudando a construir o sucesso de marcas como como Uncle Ben’s (Mars), Twentieth Century Fox, Amil (UnitedHealth Group), FQM Melora, Cervejaria Devassa (Heineken), Rede D´Or, Bodytech, Shopping Leblon e Editora Record, dentre outros.