Diariamente, você ajuda a digitalizar acervos inteiros de conteúdo e nem sabia disso.

Pois sim. Os famosos (mas não tão populares) CAPTCHAS – sigla em inglês que significa algo como “processo automatizado de diferenciação entre computadores e humanos” – foram implementados para combater a proliferação de spams e bots pela internet conforme ela foi se tornando rentável, mas foi através de uma grande ideia dos pesquisadores da Carnegie Mellon University que essa ferramenta passou a agregar uma utilidade ainda mais nobre: a digitalização de acervos imensos de livros e jornais antigos.

É o chamado reCAPTCHA, e você com certeza já cruzou com ele várias vezes.

Funciona assim: das duas palavras que o programa solicita ao usuário, uma delas é sempre um termo não reconhecido pelos computadores que estão digitalizando materiais como exemplares antigos do New York Times e livros do Google Books, por exemplo. Apenas a segunda palavra solicitada funciona como uma verificação de fato, devendo ser digitada corretamente para ser reconhecida no sistema.

Dessa forma, quando um usuário acerta a palavra de verificação, o Google automaticamente entende que é alta a probabilidade dele ter acertado também o termo não-identificado pelos robôs. Quando um número relevante de usuários dão a mesma reposta a uma mesma solicitação, ela é aceita pelo sistema e passa a fazer parte do acervo digitalizado.

Por dia, 200 milhões de pessoas ajudam esse enorme quebra-cabeças global, somando mais de 150.000 horas de trabalhos semanais – basicamente divididos em turnos de 10 segundos entre todos nós.



Sobre o autor:
Tito Santos é Co-Founder e CEO da Agência Azul. Desde 2008, quando fundou a Azul, vem ajudando a construir o sucesso de marcas como como Uncle Ben’s (Mars), Twentieth Century Fox, Amil (UnitedHealth Group), FQM Melora, Cervejaria Devassa (Heineken), Rede D´Or, Bodytech, Shopping Leblon e Editora Record, dentre outros.